quinta-feira, 15 de novembro de 2007



Marcelino Freire é um contista contemporâneo que nasceu em Pernambuco. Com poucas obras publicadas, ele já faz parte da seleção dos melhores contistas surgidos na última década do século passado.
A idéia que Freire teve para fazer o livro " Era O dito" foi sensacional. O escritor criou a partir de frases e adágios bastante conhecidos, novos ditados e frases. O resultado foi um sucesso.
Inicialmente "Era O dito'' era uma brincadeira virtual, mas em 2002 ganhou forma e matéria. Marcelino contou com a ajuda de Silvana Zandomeni, a responsável pela direção de arte do livro, e produziu essa obra genial.

As fotos a seguir mostram alguns rifões populares que encontam-se no livro:

Capa

Páginas preto e branco









Os prolóquios e frases utilizadas pelo autor são respectivamente:
  • A fé remove montanhas.
  • Aqui se faz, aqui se paga.
  • Há mais coisas entre o céu e a terra do que possa supor nossa vã filosofia.(William Shakespeare)
  • Quem espera sempre alcansa.
  • Quem vê cara não vê coração.
  • Contar o milagre, mas não dizer o nome do santo.

Caso você queira conhecer melhor o contista Marcelino Freire ou comprar o livro, acesse:

http://www.foresti.locaweb.com.br/03_eraOdito/eraodito.html

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Prolóquios nos salões da aristocracia francesa


Os adágios nem sempre são escritos por pessoas desconhecidas, pelo contrário, há grandes personalidades na história mundial que deixaram um legado de porvérbios em livros de pensamentos. Um desses escritores foi Sébastien-Roch-Nicholas Chamfort. Francês e de origem simples, Chamfort conseguiu mudar-se para Paris graças a uma bolsa de estudos. Chamou a atenção da então Rainha Maria Antonieta e se tornou popular nos salões da aristocracia francesa , mas não se deixou seduzir, nem abandonou suas convicções. Foi um partidário determinado junto a Revolução Francesa, era um homem espirituoso e bem-sucedido amorosamente. Escreveu três peças de teatro consideradas medíocres para todos os críticos da época e só entrou na história quando foi publicado o livro ''Produtos da civilização aperfeiçoada'', título um tanto irônico, que mais tarde fora relançado com o nome: ''Máximas e pensamentos, personagens e casos''. Esse livro traz pensamentos, opiniões e casos sobre personagens com quem ele convivia.


'' O homem que havia conquistado a admiração da sociedade graças à sua habilidade com as palavras, mostrou que, para ele, aquelas eram mais do que um jogo de salão.''

Cláudio Figueiredo


AFORISMOS DE CHAMFORT


Existem tolices muito bem vestidas, assim como há tolos muito elegantes.

Nas coisas grandes, os homens se mostram da maneira que lhes convêm mostrar-se; nas coisas pequenas, mostram-se como eles são.

A opinião pública é a rainha da sociedade, porque a tolice é a rainha dos tolos.

É um princípio válido tanto para o valor dos homens como dos diamantes, o fato de que, até certa medida de tamanho, de pureza, de perfeição, eles têm um preço fixo e determinado, mas para além dessas medidas, permanecem sem preço e não encontram compradores.

Deve-se apostar que toda idéia pública, toda noção convencional, é uma tolice, pois ela é conveniente ao maior número de pessoas.

Os que tudo vêem pelos olhos da opinião alheia se assemelham a esses atores que representam mal para serem aplaudidos quando o público tem mau gosto. Alguns teriam capacidade de atuar bem, se o público tivesse bom gosto. O homem honesto representa seu papel o melhor que pode, sem dar ouvidos à galeria.

Quando se diz que as pessoas menos sensíveis são, em única instância, as mais felizes, eu me lembro daquele provérbio indiano: '' é melhor estar sentado do que em pé; melhor deitado do que sentado; mas melhor do que tudo isso é estar morto''.

A mudança das modas é o imposto que a indústria do pobre cobra sobre a vaidade do rico.

A falsa modéstia é mais decente de todas as mentiras.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Máximas são o máximo.

Não se sabe ao certo quando surgiu historicamente o primeiro ditado popular, mas a sua inserção aos mais diversos campos culturais é notável. O fato deles sintetizarem algo que às vezes seria difícil de explicar é um dos motivos que corroboram para sua 'popularidade'. Na escrita, os ditos têm destaque porque possuem características poéticas, são metafóricos, podem apresentar rimas e até métrica. E os adágios também merecem destaque na música, muitos compositores já se utilizaram deles em suas obras. Na MPB existe uma série de canções que os trazem, mas a música “Bom conselho” do Chico Buarque merece ser mostrada. Chico, que é um dos maiores compositores brasileiros, cria uma canção toda baseada em máximas. Na realidade, ele sagazmente as inverte e faz a canção, que é claro: o Máximo.

A MÚSICA

Bom Conselho (Chico Buarque)

Ouça um bom conselho
Eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa


Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança


Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar


Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

PROLÓQUIOS ORIGINAIS

  • Se conselho fosse bom, ninguém dava de graça.
  • Quem espera sempre alcança.
  • Quem brinca com fogo pode se queimar.
  • Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
  • Devagar se vai ao longe.
  • Quem semeia vento colhe tempestade.

O CLIPE


quinta-feira, 13 de setembro de 2007


Infelizmente a política no Brasil está sujeita a peripércias como a que ocorreu ontem no Senado Federal. Achei essa foto de um pára-choque de caminhão que traz um provérbio. Isso mostra que nem todo mundo se deixa iludir com tamanha falta de zelo dos políticos para com o povo.


Caso você queira saber os votos dos senadores: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1903491-EI7896,00.html

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

quem com ferro fere
com ferro será ferido.